A proposta que autoriza a destruição de documentos originais após digitalização fiel avança na Câmara dos Deputados e poderá transformar rotinas de escritórios, repartições públicas e empresas privadas. O Projeto de Lei 415/25, do deputado Luiz Carlos Hauly (Pode-PR), pretende atualizar a Lei 5433/68, que hoje regula apenas a microfilmagem de documentos oficiais.
Atualmente, a legislação já permite a eliminação de documentos microfilmados, desde que haja autorização da autoridade competente. A proposta agora estende essa prerrogativa aos documentos particulares digitalizados, dispensando inclusive as exigências do Código de Processo Civil quanto à necessidade de preservação de originais em processos judiciais.
Segundo Luiz Carlos Hauly, “não faz sentido manter a obrigação de guarda física quando os meios digitais atuais já superaram o microfilme em eficácia e segurança”.
Hauly argumenta que a proposta corrige uma defasagem normativa e alinha o Brasil às boas práticas internacionais, permitindo mais racionalidade e economia.
Especialmente para o setor jurídico, a proposta reduz a necessidade de manutenção de arquivos físicos durante longos prazos processuais. Isso abre espaço para maior automação, digital compliance e integração de bancos de dados jurídicos.
A proposta será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovada, segue para o Senado.
Fonte: reproduzido da economicnewsbrasil.com.br