Em sessã0 solene do Congresso Nacional em homenagem aos 90 anos de existência do programa a Voz do Brasil, o deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos -PR) fez um pronunciamento lembrando que há 103 anos nascia no Brasil, a primeira emissora de rádio, no Rio de Janeiro: Logo depois, surgia a Voz do Brasil que ia ao ar pontualmente às 19 horas.
Acompanhe a íntegra do discurso:
"O Senador Jorge Kajuru, que tem uma trajetória maravilhosa no rádio, onde começou, na televisão, nos meios de comunicação em geral, é testemunha dessa história.
O rádio no Brasil começou há um século, precisamente há 103 anos, com a primeira emissora no Rio de Janeiro, no Corcovado. Essa emissora, em 1935, iniciou o programa A Voz do Brasil e transmitia os grandes programas que influenciaram e influenciam a população brasileira.
O que eu reclamo hoje do programa A Voz do Brasil é a liberalidade de horário. É preciso que a sua transmissão seja obrigatoriamente às 19 horas para todo o Brasil, sem colher de chá para nenhuma emissora. O Brasil tem que estar unido na informação dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Faz parte da nossa história, como elemento de unicidade do território, da população, da língua, do idioma, a palavra do Presidente da República e dos seus Ministros, a palavra dos Deputados e Senadores, a palavra dos Ministros dos Tribunais Superiores — do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do Trabalho e do Supremo Tribunal Federal.
Esse é o programa que mais impacta a população brasileira e mais atende aos seus interesses. O programa A Voz do Brasil, tanto a parte da Câmara dos Deputados quanto a do Senado Federal, é feito pelos mais competentes profissionais de rádio deste País, que trabalharam e trabalham nos dois programas. Com certeza, assim também fazem os profissionais do Executivo e do Judiciário.
Quero dizer que a comunicação do mundo se divide em antes e depois da introdução do rádio. Do rádio veio a televisão, na década de 50. A televisão ocupa um grande espaço, mas o rádio permanece valente em todo o território brasileiro. Nos mais longínquos recantos deste País e do mundo, há emissoras de rádio, chegam as frequências, as vozes, as músicas, as palavras, o conforto, o cristianismo — imaginem se Jesus Cristo, há 2 mil anos, tivesse as emissoras de rádio para difundir a Palavra. Sem dúvida alguma, todo o mundo seria cristão.
Eu vejo hoje o avanço das telecomunicações com a Internet, essa rede mundial de difusão tanto de palavras quanto de escrita e de imagem, como outra revolução. O rádio, a televisão e a Internet têm uma influência decisiva na vida e na formação das pessoas.
Por isso, Presidente Kajuru,(que presidiu a sessão) é importante preservar e proteger os menores de 12 anos, que são suscetíveis aos ataques da sanha de vender, de impregnar as nossas crianças. Proteger as crianças dos maus programas, dos maus exemplos na televisão, no rádio e na Internet é uma obrigação.
Já temos, como legislação para a televisão, uma resolução do Conanda — era um projeto de minha autoria e não foi aprovado por esta Casa, mas se transformou numa resolução do Conanda. Falta a regulamentação da Internet quanto à proteção da criança, de até 12 anos, que não tem o seu cognitivo pronto.
É dever do Parlamento, do Executivo, do Judiciário, da sociedade e dos proprietários de emissoras zelar pela proteção da criança. Isso vale também para as grandes e famosas redes da Internet, como Instagram, Facebook, TikTok, todos esses tipos e estilos da comunicação mundial. É dever do Estado, da sociedade, da família e da Igreja proteger as nossas crianças. É para isso que eu venho apelar neste momento dos 90 anos do programa A Voz do Brasil.